Afirmamos acima que a assembléia foi manobrada e passamos a demonstrar o fato. Não houve divulgação da assembléia na categoria, não foram feitos cartazes nas escolas, os professores, nem mesmo os da capital, foram convocados a participação, exceto aqueles que interessavam aos ocupantes das cadeiras de direção majoritária e principalmente a Arruda. A manobra foi tão grande que nem mesmo no site oficial do sindicato havia chamamento para a importante assembléia convocada para modificação do estatuto.
Foram mais de duas horas de tortura e engessamento, numa assembléia que não contou nem com um décimo dos filiados ao sindicato. O próprio conceito de participação sindical foi dobrado a vontade dos ditadores que ocupam as cadeiras da porção majoritária que dirige atualmente o SINTEP. Vamos contar a história desde o início.
Eram três horas e alguns minutos quando começaram a ser distribuídas folhas contendo a proposta de modificação estatutária apresentada pela diretoria. Tal proposta continha 10 itens, dentre os quais passo a listar os mais absurdos: ampliação do tempo de mandato para 04 anos, fim da proporcionalidade qualificada, ampliação do número de votos para participar proporcionalmente da diretoria e redução dos diretores eleitos proporcionalmente a meros coadjuvantes, além da interessante proposta de 3 anos como filiado para poder candidatar-se a qualquer cargo na diretoria sindical.
Tais propostas demonstram bem os interesses do grupo majoritário da direção do SINTEP controlado por Arruda: a inviabilização do surgimento de novas lideranças sindicais, a perpetuação no usufruto das vantagens do poder sindical e a possibilidade de gozar mais tempo de seu reinado.
Em nenhum momento, percebam, os interesses da categoria foram discutidos, tudo que foi discutido e votado tinha como único fim contemplar os interesses pessoas de Antonio Arruda e 'acólitos'. Por fim, e a fim de arrematar com chave de ouro a terrível tarde, a " direção" do SINTEP afastou qualquer possibilidade de alguém fora de seu grupo estar presente ao encontro da CNTE no DF usando os participantes para referendá-lo em mais esse ato autoritário.
Estivemos lá e resistimos, ainda desorganizados, mas crescendo, marcamos presença enquanto oposição e defendemos nossos pontos de vista, mesmo diante da animosidade da platéia. Atacamos ponto por ponto as propostas totalitárias apresentadas e defendemos nossos pontos de vista como melhores para o sindicato e a categoria que foi derrotada pelo sindicalismo pelego que pisou e enlameou toda a história de lutas de nossa gloriosa categoria.
DM
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