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Blog Força e Voz - Oposição Sintep-pb: junho 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Stalin Coutinho, governador da Paraíba

Josef Stalin foi o dirigente da União Soviética por quase 30 anos. Nesses anos sua personalidade, e não sua administração foi destaque. Vindo das classes populares, era autoritário, personalista, narcisista e não admitia crítica de nenhuma espécie. Fez da URSS um império burocrático centralizado na sua pessoa. Qualquer um que o criticasse era perseguido feroz e implacavelmente.

A descrição acima é suficiente para estabelecer o paralelo que iremos traçar entre Stalin, o homem de aço, e sua contraparte paraibana Ricardo “Stalin” Coutinho, o “Mago”, ou, como vamos chama-lo daqui em diante Stalin Coutinho.

Stalin Coutinho, o paraibano, assim como Stalin, o russo, é egresso das classes populares e construiu sua história na luta operária sindical e popular. Participou durante toda a sua vida adulta dos estágios políticos que o conduziram posteriormente ao poder e que deviam ter feito dele um governante tolerante e democrático, assim como aconteceu com o russo, algo desviou também o paraibano.

Stalin Coutinho foi do movimento estudantil, cresceu no movimento sindical atuando na saúde, tornou-se vereador e deputado estadual sempre atuando no campo democrático e popular. Era um defensor incansável das classes trabalhadoras. Então, tornou-se prefeito...

Iniciava-se um tempo negro. Sua personalidade, assim como a do russo ao se tornar líder da URSS, deu uma guinada para outros rumos. O Stalin prefeito de João Pessoa começou a exibir todo o seu personalismo e seu caráter centralizador. Nos oito anos que esteve à frente da prefeitura mostrou-se um “bom” administrador nos moldes capitalistas: perseguiu trabalhadores, preocupou-se mais com contas que com pessoas, reprimiu alguns desses trabalhadores até mesmo fisicamente, caso dos camelôs da Lagoa, mas sua trajetória ditatorial estava apenas começando.

Stalin Coutinho chega ao governo do Estado:

Aqui começa a fase madura e suas semelhanças ao russo se acentuam de tal maneira que em menos de seis meses frente ao Governo da Paraíba já agrediu estudantes, perseguiu e massacrou trabalhadores de vários setores, e, o mais absurdo, cortou, ilegalmente, salários de trabalhadores em greve.

Stalin Coutinho, autoritário, personalista, narcisista, não admite nenhuma espécie de crítica ou insubordinação. Assim, desde os primeiros dias de governo, suas principais ações são as de repressão da classe trabalhadora que ousou, contra suas ordens, brigar por melhores salários, ou melhor, pelo cumprimento das promessas do próprio Stalin Coutinho enquanto ainda era candidato.

Primeiro foram os policiais militares, civis e bombeiros. Depois os médicos e demais servidores da saúde. Ai então, entram em cena os trabalhadores em educação. Esses últimos tinham uma reivindicação básica: o cumprimento da lei do Piso Salarial Nacional, durante quatro meses tentou-se uma saída negociada, mas Stalin Coutinho não admitia que ninguém o contestasse de nenhuma maneira e não quis de modo algum obedecer a lei, afinal, quem era a lei para dizer o que ele ia ou não fazer.

Dado o impasse os trabalhadores em educação puseram-se em greve na luta por seu direito. Foi então que a verdadeira face de Stalin Coutinho pode ser vista. Desde o primeiro dia de greve recursou-se a sentar com os trabalhadores em educação para negociar, em vez disso iniciou uma campanha de terror ameaçando a demissão de temporários, a exoneração de diretores etc.

Chamaram Stalin Coutinho de neoliberal, direita e outras coisas, durante a greve, mas isso tudo foi um equivoco. Como podem ver, pelas semelhanças com Stalin, o “Mago” não é um liberal, mas o último representante do socialismo burocrático, centralista e personalista do dirigente russo. Ele detém agora um titulo inédito para os governantes egressos de esquerda, é o único deles que cortou ponto de trabalhador em greve, assaltando de maneira vil o salário suado e contado daquelas pessoas que há bem pouco tempo atrás jurava defender contra os desmandos dos oligarcas paraibanos.

Stalin Coutinho usa todo o seu poder contra os trabalhadores, seguindo a cartilha do socialismo do leste europeu, precisamos então, unir os trabalhadores em educação e a comunidade escolar para acabar com seus desmandos. Parafraseando Marx: trabalhadores em educação uni-vos, tudo que tem a perder são as correntes com que o Mago de Aço quer nos prender.

Dídimo Matos

Oposição ao SINTEP

domingo, 12 de junho de 2011

Ricardo Stalin Coutinho

Josef Stalin governou a União Soviética entre 1924 e 1953, quando morreu. Ficou famoso muito mais pelas atrocidades cometidas contra quem discordava de sua opiniões e atitudes do que qualquer outra coisa feita em favor da classe trabalhadora. Era do tipo centralizador, que não admitia sob hipótese alguma que alguém discordasse de suas opiniões sobre algum assunto. Por causa disso, praticamente todo o Comitê Central do Partido Bolchevique que fez a Revolução Russa de 1917, com exceção de Lenin, Sverdlov e alguns outros, morreram a mando de Stalin e sua camarilha do Kremlin.
Na nossa pequenina Paraíba, em pleno século XXI, existe um fiel seguidor do governante russo: Ricardo Coutinho, doravante chamado Ricardo "Stalin" Coutinho. Centralizador, arrogante, prepotente e principalmente perseguidor dos setores mais populares. Foi assim na Prefeitura da capital quando atuou duramente com os camelôs, professores, médicos. Está sendo assim no Estado em pouco mais de 5 meses de governo, com PM's, professores, médicos, quando corta salários, rebaixa valor dos plantões, destrói conquista dos servidores estaduais como o horário corrido e institui o horário em dois expedientes. Tudo isso sem estabelecer nenhum canal de discussão com as lideranças sindicais.
Além disso, há outra semelhança entre Stalin e sua criatura paraibana: o controle das estruturas do Estado, desde a parte política até a ideológica. Ricardo "Stalin" Coutinho controla praticamente todos os meios de comunicação, é praticamente impossível fazer qualquer crítica ao governo do Estado via aberta sem receber uma saraivada de defesas de jornalistas/radialistas que não possuem outra função na vida a não ser a de defender o governo, em qualquer situação.
Apesar de tudo isso, é preciso RESISTIR. E construir uma alternativa no campo da classe trabalhadora, que consiga se contrapor, de forma efetiva, ao autoritarismo, à arrogância, à prepotência e à mania de perseguição de Ricardo Stalin Coutinho. Pois, maior do que tudo isso, é a classe trabalhadora e sua luta contra tudo que Ricardo "Stalin" Coutinho representa.

sábado, 4 de junho de 2011

Justiça acaba a greve, mas não o movimento

Infelizmente a justiça comprova mais uma vez que não está do lado dos trabalhadores e assim decretou a ilegalidade de nossa greve, exatamente um dia após o “Stalin Coutinho” ter pago nossos salários incorporando a GED e a GEAP.

O juiz nos deu 72 horas para retornarmos aos trabalhos, caso isso não ocorra o SINTEP pagará multa de R$20.000,00 diários e teremos nossos dias descontados. A questão é que esse mesmo juiz não deu as mesmas 72 horas para “Stalin Coutinho” devolver o salário surrupiado de alguns trabalhadores de nossa categoria, mesmo admitindo que foi um desconto ilegal.

O que é mais revoltante nessa situação é que um dos argumentos utilizados pelo excelentíssimo senhor juiz, é que os meninos estão há mais de 30 dias sem merenda, afinal de contas o que somos? Educadores ou merendeiros? Qual o papel da escola afinal? O desembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira não leva em consideração que existem hoje mais de 400 escolas no estado sem condições de funcionamento, de que hoje os únicos recursos didáticos que os professores dispõem são a saliva e o giz, que várias escolas no estado faltam professores, que o ensino é precarizado com 6.000 prestadores de serviço que ganham pouco e pouca formação tem, na sua maioria. A solução que o desembargador deveria ter dado é a de retorno apenas das merendeiras e o pior é que o governo “Stalin Coutinho” para elas não deu nada, nem os R$60,00 prometiodos.

O fim da greve não significa o fim da nossa luta, a categoria reunida em assembléia ontem a tarde, 02 de junho, decidiu que o movimento continua pela reincorporarão da GED, vamos voltar as aulas segunda-feira, dia 06 de junho, mas traçamos um calendário de mobilizações constantes em que todos os meses faremos mobilizações e paralisações na luta pelo retorno da GED e também pelo restante de nossa pauta de reivindicações.

Nesses 32 dias de greve realizamos uma ação histórica, que nem a direção do SINTEP estava preparada ou querendo realizar, que foi ocupação do Palácio do governo, conseguimos mostrar para todo o Brasil a situação calamitante que vivem os professores da Paraíba. Forçamos os políticos de oposição e situação a colocarem na ordem do dia o tema educação.

Conseguimos derrotar a burocracia do SINTEP que queria acabar com a greve desde o dia 20 e que na verdade nunca construiu efetivamente essa greve. Conseguimos fazer com que o governo pagasse o piso nacional no vencimento, mesmo que através de uma manobra, mas estamos recebendo o piso e como a luta não acabou, apenas a greve, temos hoje força suficiente para lutarmos pelo retorno da GED, só não podemos deixar o movimento enfraquecer.

Conseguimos desmascarar esse governo, que provou para a população paraibana o quanto ele é autoritário, intransigente, e capaz de utilizar qualquer artifício para prejudicar os servidores estaduais, pois o seu ataque não é apenas a educação, a saúde e a segurança também estão na mira desse governo.

Nós que fazemos a OPOSIÇÃO SINTEP, nos solidarizamos com os professores que bravamente resistiram nesses 32 dias, cerca de 80% da categoria segundo a própria justiça, e ainda mais com aqueles que tiveram de forma injusta seus salários descontados em quase a sua totalidade.

A bandeira da educação pública e de qualidade para a classe trabalhadora é uma bandeira nossa e que ao contrário de outros nós não a abandonaremos, por isso continuaremos mobilizados até a vitória da categoria.

Lissandro Saraiva

Professor e membro da OPOSIÇÃO SINTEP