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Blog Força e Voz - Oposição Sintep-pb: setembro 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Alunos não dominam Matemática e Português

Por: jacqueline santos

Os estudantes paraibanos de escolas da rede pública concluem o ensino médio com conhecimento em Matemática e Português inferior ao que se exige a quem está na última série do ensino fundamental. O baixo desempenho atinge também os concluintes do nível fundamental, pois a pontuação média obtida pelos estudantes que terminam o 5º ano (antiga 4ª série) e por aqueles que finalizam o 9º ano (8ª série) ficou abaixo do que se considera adequado para as relativas séries.
Enquanto a pontuação mínima considerada ideal para os concluintes da 8ª série do fundamental na disciplina de Matemática é acima de 300, quem finalizou o ensino médio nos colégios públicos do Estado conseguiu apenas 252,17 pontos no exame para avaliar o grau de conteúdo que o aluno teria na disciplina de cálculo. Se comparado com o patamar do que se espera para concluintes do ensino médio, a diferença aparece bem mais larga. Em Matemática, a pontuação mínima seria acima de 350.
Foi constatado que, em Português, as dificuldades também são grandes. Na escala de pontos mínimos para se considerar o aprendizado como apropriado para determinada série, a média alcançada pelos alunos do sistema público de ensino na Paraíba esteve abaixo do adequado em todas as séries analisadas. Um exemplo pode ser confirmado em alunos do 3º ano do ensino médio que tiveram uma média, na última avaliação aplicada, de 251,38, bem menor ainda do que se espera do resultado dos concluintes do fundamental, já que para quem terminou o ensino fundamental, esperava-se um resultado de 275 pontos na mesma disciplina.
A média dos paraibanos, além de estar abaixo do considerado apropriado, tem ficado abaixo dos números nacionais. Para se ter uma ideia, na Prova Brasil/Saeb 2009 os alunos paraibanos conseguiram 264,16 pontos em Matemática (incluindo estudantes de escola particular), enquanto que no Brasil a pontuação foi de 274,71, que também está menor que o esperado para esse alunado.
Ainda com relação ao país, um levantamento feito por um jornal de circulação nacional identificou que um quinto dos alunos que terminam o ensino médio não sabe em Matemática o que se espera para um estudante do 5º ano do fundamental. Apenas 11% têm conhecimento adequado para este nível de ensino na disciplina.
Os dados considerados nesta matéria foram levantados através dos exames Prova Brasil e Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), realizados pelo Inep/MEC, que abrange estudantes das redes públicas e privadas do país, localizados em área rural e urbana, matriculados nas 4ª e 8ª séries (ou 5º e 9º anos) do ensino fundamental e também no 3º ano do ensino médio. São aplicadas provas de Língua Portuguesa e Matemática. As avaliações são feitas por amostragem.
Professores das duas disciplinas, consultados pela reportagem, explicam que muitos alunos enfrentam dificuldades principalmente quando chegam à 1ª série do ensino médio, por não terem passado por um fundamento sólido, ainda nos primeiros anos do ensino fundamental. Uma disciplina como Matemática se baseia na continuidade dos conteúdos e, se um aluno não aprendeu nos primeiros anos de sala de aula, ele vai sofrer na sequência dos assuntos seguintes. Docente há mais de 20 anos, Acciclero Lacerda disse que muitos alunos chegaram ao nível médio sem ter domínio das quatro operações, um assunto compatível para estudantes da antiga 4ª série. É comum, segundo o professor, estudantes passarem para o 1º ano do ensino médio sem saber resolver uma equação de primeiro grau, que se aprende na segunda fase do fundamental.
“Grande parte vem do ensino fundamental com um grave déficit de aprendizagem. Nessa fase, eles não adquirem o conhecimento necessário para estar na devida série. Tudo começa pelos erros na metodologia de ensino repassada pelas ‘tias’ das primeiras séries. O que resulta em alunos do ensino médio cheio de vícios de aprendizagem e não conseguem acompanhar os próximos conteúdos”, alertou.

Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:

- “Em verdade, em verdade vos digo:

Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Felizes os misericordiosos, porque eles...”

Pedro o interrompeu:

- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:

- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:

- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:

- Vai cair na prova?

João levantou a mão:

- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:

- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:

- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:

- Tem uma fórmula pra provar que isso certo?

Tiago Maior indagou:

- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:

- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:

- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:

- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:

- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:

- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...